sexta-feira, 16 de abril de 2010

PORTUGUÊS

TIPOLOGIA TEXTUAL

NARRAÇÃO:

Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento.

Narrar é contar uma história. A Narração é uma sequência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras. Toda ação pressupõe a existência de um persnagem ou actante que a pratica em deteminado momento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ação, espaço, e tempo em desenvolvimento. Os outros dois da narrativa são: narrador e enredo ou trama.

DESCRIÇÃO:

Retrato através de palavras. Tempo estático

Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com a sequência das ações, com a sucessão dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou vários objetivos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em um fração da linha cronológica. É a foto de um instante.

A descrição pode ser estática ou dinâmica.

* A descrição estática não envolve ação. Ex: Uma velha gorda e suja.
* A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações concomitantes, isto é, um conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo tempo, como uma fotografia.

DISSERTAÇÃO:

Desenvolvimento de idéias. Temporais/Atemporais.

Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idéias, de juízos, de pensamentos, de raciocínio sobre um assunto ou tema.
Quase sempre os textos quer literários, quer científicos, não se limitam a ser puramente descritivos, narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto é um complexo, uma composição, uma redação, onde se misturam aspectos descritivos, com momentos narrativos e dissertativos e, para classificá-los como narração, dissertação ou descrição, procure observar qual o componente predominante.


EMPREGO DA CRASE
CONCEITO:
Fusão ou contração de dois "a" (a+a) num só (à, marcado pelo acento grave), sendo um deles preposição e o outro
artigo feminino ou pronome demonstrativo.
CASOS DE EMPREGO DA CRASE
_ Emprega-se a crase quando houver uma palavra de sentido incompleto que venha seguida da preposição "a",
mais o artigo feminino "a" no singular ou plural, antes de substantivo feminino determinado.
Exemplos:
Pedro dirigiu-se a (preposição) + a (artigo) praça.
Pedro dirigiu-se à praça.
Ana dedica-se a+a igreja todo o tempo.
Ana dedica-se à igreja todo o tempo.
Meu tio era fiel a+a disciplina militar.
Meu tio era fiel à disciplina militar.
Todos estamos sujeitos a+as leis de Deus.
Todos estamos sujeitos às leis de Deus.
O rei ficava indiferente a+as súplicas do povo.
O rei ficava indiferente às súplicas do povo.
Você deve obedecer a+as normas do colégio.
Você deve obedecer às normas do colégio.
_ Em função de só poder haver crase quando da contração da preposição "a" com o artigo feminino "a",
conseqüentemente não haverá crase antes de nomes masculinos, verbos, pronomes indefinidos.
Exemplos:
Os camponeses iam a pé para o trabalho, mas o capataz ia a cavalo.
O baile será promovido a partir das 20 horas.
Tenho muito a receber de indenização.
Com essa blusa não irei a nenhuma festa.
Ela lançava olhares maliciosos a certo rapaz no restaurante.
_ Também não acontecerá a crase antes de nomes próprios de cidade e da palavra "casa", a não ser que venham
determinados.
Exemplos:
2
Amanhã regressarei a Brasília.
Amanhã regressarei à Brasília de meus sonhos.
Cansado, chegou tarde a casa. (Não há artigo definido antes da palavra casa quando se refere a sua própria casa:
"Fiquei em casa", "Venho de casa".)
Cansado, chegou tarde à casa de seus pais.
_ Igualmente, não haverá crase antes dos vocábulos "cuja", "quem", "ela", "esta", "essa", "mim", "você", "vossa
senhoria", "vossa excelência", etc.
Exemplos:
Este é o policial a quem devo minha vida.
Hoje foi empossada a nova diretoria a cuja determinação devemos de agora em diante obedecer.
Dei a ela uma bela flor e ela ofereceu a mim um lindo sorriso.
Darei a esta criança abandonada todo meu carinho.
Falarei a você todos os detalhes do filme.
_ Entretanto, existem alguns pronomes demonstrativos e de tratamento (como os pronomes referentes às mulheres)
que aceitam a anteposição do artigo feminino, favorecendo, assim, o surgimento do fenômeno da crase.
Exemplos:
Contarei tudo à senhora (à senhorita, à madame, à dona, à dama, etc.)
Darei todos esses livros à mesma pessoa.
Só devolverei o dinheiro à própria dona.
Observação: Quando somente acontecer um simples "a" antes de um substantivo feminino plural, não ocorrerá a
crase logicamente por falta do artigo.
Exemplos:
Esta lei se destina a casadas e solteiras.
Neste Congresso, falarei apenas a mulheres.
Note-se, no entanto, uma pequena alteração semântica na frase, se houver a presença do artigo feminino,
passando-se de um sentido mais genérico (como no caso dos exemplos acima), para um sentido mais restrito.
Exemplo: Neste Congresso sobre sexualidade, falarei em especial às mulheres. (Aqui, pressupõe-se um grupo, uma
platéia, onde as mulheres configuram uma parte desse grupo.)
_ Nas locuções adverbiais (expressões que indicam circunstâncias de tempo, lugar, modo, etc.), recomenda-se o
emprego do acento grave nas
formadas de "a" mais palavra feminina no singular.
Exemplos:
Rita disse que chegaria à noite. (tempo)
Paulinho só comia à força. (modo)
3
A canoa estava à margem do rio. (lugar)
Miguel adora viver à toa.
(Como locução adverbial de modo, significando "a esmo, ao acaso, sem fazer nada, em vão" referindo-se ao verbo,
à toa não leva hífen: "Passou a vida à toa"; "Anda à toa pelas ruas"; no entanto, quando aparece como adjetivo junto
a um substantivo, significando "inútil, desprezível, desocupado, insignificante", à-toa deve ser escrito com hífen: "Erauma mulher à-toa"; "Não passava de um sujeitinho à-toa".)
Eles travaram um duelo à espada. (instrumento)
Prefiro escrever cartas à caneta do que à máquina. (instrumentos)
Pedro foi ferido à bala. (instrumento)
Outras locuções adverbiais muito empregadas: à beça, à deriva, à frente, à luz (dar à luz), À MÃO, à parte, à revelia,
à tarde, à última hora, à unha, à vontade, às avessas, às claras, às ordens.
Incluem-se nessas expressões as indicações de horas especificadas.
Exemplos: à meia-noite, às duas horas, à uma hora, às três e vinte, etc.
Observação: Não confundir com as indicações não especificadas como: "Isso acontece a qualquer hora"; "Estarei lá
daqui a uma hora".
_ Será facultativo o emprego da crase quando também for livre o uso do artigo. Isto acontecerá antes de nomes
próprios de pessoas e antes de pronomes possessivos.
Exemplos:
Ofereci um presente a (à) Bruna.
Entregue essa documentação a (à) minha assessora que depois devolverá a (à) sua secretária.
Observação: Note-se que, quando se deseja mostrar mais intimidade com a pessoa de quem se fala, o emprego do
artigo feminino junto à preposi- ção é mais aconselhável. Todavia, se o tratamento é puramente formal, ou se a
pessoa se tratar de personalidade pública, recomenda-se somente o emprego da preposição, não acontecendo,
dessa forma, o fenômeno da crase.
Exemplos:
Contarei tudo à Raquel, minha melhor amiga.
Dedico esta homenagem a Rachel de Queiroz.

EMPREGO DE ALGUMAS CLASSES GRAMATICAIS

EMPREGO DO ARTIGO



I – emprega-se o artigo definido em:



a) nomes próprios geográficos.



Exemplo:



A Argentina O Rio de Janeiro as Canárias



Observação:



Alguns nomes próprios geográficos não aceitam o uso do artigo.



Exemplo:



Portugal Minas Gerais



b) antes de nomes de pessoas que denotem intimidade.



Exemplo:



A Rita viajou para Portugal.



A Roberta passou no vestibular da UFPE.



c) depois do pronome indefinido todos e do numeral ambos(as).

Exemplo:



Todos os professores responderam à pesquisa.



Ambos os pilotos recusaram-se a correr hoje.



d) para substantivar qualquer palavra



Exemplo:



O jantar estava uma delicia.



II – geralmente, não se usa o artigo definido nos seguintes casos:



a) antes de pronomes de tratamento



Exemplo:



Vossa Senhoria errou numa hora imprópria.



Vossa Excelência recebeu nosso recado?



No caso dos pronomes de tratamento excetua-se senhor (a).



Exemplo:



A senhora vai ao cinema?



O senhor não foi feliz no comentário.



b) antes do nome de pessoas que não denotam intimidade



Exemplo:



Marcos conseguiu consertar o computador.



c) antes da palavra casa quando designa a residência que fala ou de quem se trata.



Exemplo:



Ficou em casa o dia todo.



d) depois do pronome relativo cujo e variações



Exemplo:



Esse é o problema cuja resolução está complicada.



O troféu, cujo título nós disputamos, foi roubado.



III – geralmente usamos o artigo indefinido antes de numerais que exprimem aproximação.



Exemplo:



Caruaru fica a uns 120 quilômetros do Recife.



Ricardo deve pesar uns 100 quilos.


EMPREGO DO ADJETIVO



a) o adjetivo exerce as funções de adjunto adnominal, predicativo do sujeito e predicativo do objeto.



Exemplo:



ADJUNTO ADNOMINAL



Raquel é uma linda garota.



Esse hotel tem quartos suntuosos.



PREDICATIVO DO SUJEITO



Os alunos dessa escola são inteligentes.



O celular estava quebrado.



PREDICATIVO DO OBJETO



A vitória tornou o jogador famoso.



b) dependendo da posição do adjetivo, se anteposto ou posposto ao substantivo, há mudança no significado das palavras.



Exemplo:



O pobre homem perdeu o emprego. (a palavra pobre nesse caso significa infeliz)



O homem pobre vive pedindo esmolas. (a palavra pobre nesse caso indica sem condições financeiras)



c) o adjetivo pode aparecer no masculino singular como advérbio



Exemplo:



Precisamos falar sério com nosso filho.



d) referir qualidades a substantivos abstratos em vez de a concretos



Exemplo:



Que sorriso amarelo tem esse garoto.



e) certos adjetivos em suas formas diminutivas têm o valor de superlativos.



Exemplo:



Amanhã bem cedinho estarei viajando.



Acordamos cedinho para tomar café.


EMPREGO DO NUMERAL



a) o numeral pode aparecer como palavra adjetiva; nesse caso funciona como adjunto adnominal.



Exemplo:



Os dois pilotos não conseguiram treinar.

Adjunto adnominal



Os quatro irmãos viviam brigando.

Adjunto adnominal



Se aparecer como palavra substantiva assume as funções de substantivo.



1994 foi o ano do tetra.

sujeito



b) ambos (ambas) é número dual, porque se refere a dois seres.



Exemplo:



Brasil e Portugal têm características comuns: ambos falam português e possuem uma economia em desenvolvimento.



Ambas as alunas acertaram a resposta do problema.



c) na designação de séculos, papas e reis usam-se:



- de 1 a 10 – ordinais



Exemplo:



Século V (quinto)



João Paulo II (segundo)



Paulo VI (sexto)



- de 11 em diante – cardinais



Exemplo:



Século XXI (vinte e um)



Bento XVI (dezesseis)



Observação:



Se o numeral estiver anteposto ao substantivo, lemos sempre como ordinal.



Exemplo:



A empresa participou do XI Congresso de Informática. (décimo primeiro)



Os ingressos para a X Infoshow já estão à venda.



d) referindo-se ao primeiro dia do mês, prefere-se o numeral ordinal.



Exemplo:



Primeiro de maio é um dia importante para a classe operária.



e) nos endereços de casas e referências às páginas usam-se os cardinais.



Exemplo:



Leiam a página 22 (vinte e dois) do livro de História.



Você rasgou a página 35 (trinta e cinco) do meu livro.



O número da minha casa é 99 (noventa e nove).



f) também é usado no sentido figurado, não expressando exatidão numérica.



Exemplo:



Já bati nessa tecla mil vezes.



Nossa professora é dez.


SÍNTESE DO TUTORIAL

Empregamos o artigo definido antes de nomes próprios geográficos, nem todos aceitam o uso do artigo. Podemos usá-lo antes do nome de pessoas que denotem intimidade; depois do pronome indefinido todos e do numeral ambos; para substantivar qualquer palavra. Geralmente, não usamos o artigo definido antes de pronomes de tratamento, exceto senhor (a); antes do nome de pessoas que não denotam intimidade; antes da palavra casa, quando designa a residência da pessoa que fala ou de quem se fala; depois do pronome relativo cujo e suas variações.

O adjetivo é empregado nas funções de adjunto adnominal, predicativo do sujeito e predicativo do objeto. Dependendo da posição do adjetivo, se posposto ou anteposto ao substantivo, há mudança no significado da palavra; o adjetivo pode aparecer no masculino singular como advérbio, referir qualidades a substantivos abstratos e alguns adjetivos em suas formas diminutivas têm valor de superlativo.

O numeral pode aparecer como palavra adjetiva; nesse caso funciona como adjunto adnominal. Se aparecer como palavra substantiva assume funções de substantivo. Na designação de séculos, papas e reis usam-se ordinais de 1 a 10 e de 11 em diante como cardinais. Caso o numeral esteja anteposto ao substantivo deve ser lido sempre como ordinal.

SINTAXE DA ORAÇÃO

1. Sujeito e predicado

sujeito: termo sobre o qual recai a afirmação do predicado e com o qual o verbo concorda.

predicado: termo que projeta uma afirmação sobre o sujeito.
As Andorinhas voavam em festa
sujeito predicado

Tipos de sujeito

Determinado: o predicado se refere a um termo explícito na frase. Mesmo que venha implícito, pode ser explicitado. A noite chegou fria.
O sujeito determinado pode ser:

Simples: tem só um núcleo: A caravana passa.
Composto: tem mais de um núcleo: A água e o fogo não coexistem.

Indeterminado: o predicado não se refere a qualquer elemento explícito na frase, nem é possível identificá-lo pelo contexto.

(?) Falaram de você.
(?) Falou-se de você.

Inexistente: o predicado não se refere a elemento algum.

Choverá amanhã.
Haverá reclamações.
Faz quinze dias que vem chovendo.
É tarde
2. Termos ligados ao verbo

- Objeto direto: completa o sentido do verbo sem preposição obrigatória.
Os pássaros fazem seus ninhos.

- Objeto indireto: completa o sentido do verbo por meio de preposição obrigatória.
A decisão cabe ao diretor.

- Adjunto adverbial: liga-se ao verbo, não para completá-lo, mas para indicar circunstância em que ocorre a ação.
O cortejo seguia pelas ruas.

- Agente da voz passiva: liga-se a um verbo passivo por meio de preposição para indicar quem executou a ação.
O fogo foi apagado pela água.
3. Termos ligados ao nome

Adjunto adnominal: caracteriza o nome a que se refere sem a mediação de verbo. As fortes chuvas de verão estão caindo.

Predicativo: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode ser do sujeito e do objeto.


Tipologia Textual

Aposto: termo de núcleo substantivo, que se liga a um nome para identificá-lo. O aposto é sempre um equivalente do nome a que se refere.
O tempo, inimigo impiedoso, foge apressado.

Complemento nominal: liga-se ao nome por meio de preposição obrigatória e indica o alvo sobre o qual se projeta a ação.
Procederam à remoção das pedras.
4. Vocativo:

Termo isolado, que indica a pessoa a quem se faz um chamado. Vem sempre entre vírgulas e admite a anteposição da interjeição ó.
Amigos, eu os convido a sentar.

SINTAXE DO PERÍODO

1. Orações subordinadas substantivas
São aquelas que desempenham a mesma função sintática do substantivo.

Os meninos observaram | que você chegou. (a sua chegada)

- Subjetiva: exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
É necessário que você volte.

- Objetiva direta: exerce a função de objeto direto da oração principal.
Eu desejava que você voltasse.

- Objetiva indireta: exerce a função de objeto indireto do verbo principal.
Não gostaram de que você viesse.

- Predicativa: exerce a função de predicativo.
A verdade é que ninguém se omitiu.

- Completiva nominal: desempenha a função de complemento nominal.
Não tínhamos dúvida de que o resultado seria bom.

- Apositiva: desempenha a função de aposto em relação a um nome.
Só nos disseram uma coisa: que nos afastássemos.

2. Orações subordinadas adjetivas
São aquelas que desempenham função sintática própria do adjetivo.
Na cidade há indústrias que poluem. (poluidoras)

- Restritiva: é aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere. Vem iniciada por pronome relativo e não vem entre vírgulas.
Serão recebidos os alunos que passarem na prova.

- Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propriedade pressuposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. Inicia-se por pronome relativo e vem entre vírgulas.
Os homens, que são racionais, não agem só por instinto.

3. Orações subordinadas adverbiais
São aquelas que desempenham função sintática própria do advérbio.
O aluno foi bem na prova porque estava calmo. (devido à sua calma)

- Causal: indica a causa que provocou a ocorrência relatada na oração principal.
A moça atrai a atenção de todos porque é muito bonita.
- Consecutiva: indica a conseqüência que proveio da ocorrência relatada na oração principal.
A moça é tão bonita, que atrai a atenção de todos.
- Condicional: indica um evento ou fato do qual depende a ocorrência indicada na oração principal. Se você correr demais, ficará cansado.
- Comparativa: estabelece uma comparação com o fato expresso na oração principal.
Lutou como luta um bravo.
- Concessiva: concede um argumento contrário ao evento relatado na oração principal.
O time venceu embora tenha jogado mal.
- Conformativa: indica que o fato expresso na oração subordinada está de acordo com o da oração principal.
Tudo ocorreu conforme os jornalistas previram.
- Final: indica o fim, o objetivo com que ocorre a ação do verbo principal.
Estudou para que fosse aprovado.
- Temporal: indica o tempo em que se realiza o evento relatado na oração principal.
Chegou ao local, quando davam dez horas.
- Proporcional: estabelece uma relação de proporcionalidade com o verbo principal.
Aprendemos à medida que o tempo passa.

4. Orações coordenadas
São todas as orações que não se ligam sintaticamente a nenhum termo de outra oração.
Chegou ao local // e vistoriou as obras.

As coordenadas podem ou não vir iniciadas por conjunção coordenativa. Chamam-se coordenadas sindéticas as que se iniciam por conjunção e assindéticas as que não se iniciam.

Presenciei o fato, mas ainda não acredito.
or. c. assindética or. c. sindética

As coordenadas assindéticas não se subclassificam.
As coordenadas sindéticas subdividem-se em cinco tipos:

- Aditiva: estabelece uma relação de soma.
Entrou e saiu logo.
- Adversativa: estabelece uma relação de contradição.
Trouxe muitas sugestões, mas nenhuma foi aceita.
- Alternativa: estabelece uma relação de alternância.
Aceite a proposta ou procure outra solução.
- Conclusiva: estabelece relação de conclusão.
Penso, portanto existo.
- Explicativa: estabelece uma relação de explicação ou justificação. Contém sempre um argumento favorável ao que foi dito na oração anterior.
Ele deve ser estrangeiro, pois fala mal o português.

Questão de análise sintática típica dos vestibulares tradicionais:

(U. F. PERNAMBUCO) — No período “nunca pensei que ela acabasse”, a oração sublinhada classifica-se como:

a) subordinada adjetiva restritiva;
b) subordinada adjetiva explicativa;
c) subordinada adverbial final;
d) subordinada substantiva objetiva direta;
e) subordinada substantiva objetiva indireta.

(R.: D)

Questão de análise sintática típica dos vestibulares inovadores:

Esta questão coloca em jogo a combinação sintática entre duas orações e o significado resultante dela, sem exigir análise formal nem o conhecimento de nomenclatura.
(U. F. PELOTAS) — A questão da incoerência em um texto quase sempre se liga a aspectos que ferem o raciocínio lógico, a contradições entre uma passagem e outra do texto ou entre o texto e o conhecimento estabelecido das coisas.

O fragmento da entrevista concedida pela atriz e empresária Íris Brüzzi, descartada a hipótese de utilização da ironia, apresenta esse problema.
“R – Qual é o segredo para conservar sua beleza através dos tempos?
Íris – Acredito muito na beleza interior, a de fora acaba. A natureza tem sido generosa comigo. Desculpe a modéstia, mas continuo bonita.(Diário Popular, 1996)”.

a) Transcreva a frase que apresenta a incoerência.
R.: “Desculpe a modéstia, mas continuo bonita.”

b) Reescreva essa frase, eliminando a incoerência.
R.: Desculpe a falta de modéstia, mas continuo bonita. ou Desculpe a imodéstia, mas continuo bonita.

SINAIS DE PONTUAÇÃO

Para que servem os sinais de pontuação? No geral, para representarem pausas na fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto-e-vírgula ou entonações, nos casos do ponto de exclamação e de interrogação, por exemplo.

Além de pausa na fala e entonação na voz, os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.

Vejamos aqui alguns empregos:

1. Vírgula (,)

É usada para:

a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.

Nesta oração, a vírgula separa os verbos.

b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se dizer!

c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio assistir a reunião.

d) isolar termos antecipados, como: complemento ou adjunto:

1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipação de complemento verbal)

2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto adverbial)

e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009.

g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do que esperava.

2. Ponto final (.)

É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:

a) Não quero dizer nada.
b) Eu amo minha família.

E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs. .

3. Ponto-e-vírgula

É usado para:

a) separar itens enumerados:
A Matemática se divide em:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.

b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.

4. Dois-pontos

É usado quando:

a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:

Ele respondeu: não, muito obrigado!

b) se quer indicar uma enumeração:

Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas, não responda à professora.

5. Aspas

São usadas para indicar:

a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)

b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.

6. Reticências

São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar idéia de continuidade ao que se estava falando:

a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa? (...)

b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...

7. Parênteses

São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.

Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, usa-se vírgulas).

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

De acordo com Mattoso Câmara “dá-se em gramática o nome de concordância à circunstância de um adjetivo variar em gênero e número de acordo com o substantivo a que se refere (concordância nominal) e à de um verbo variar em número e pessoa de acordo com o seu sujeito (concordância verbal). Há, não obstante, casos especiais que se prestam a dúvidas”.


Então, observamos e podemos definir da seguinte forma: concordância vem do verbo concordar, ou seja, é um acordo estabelecido entre termos.



O caso da concordância verbal diz respeito ao verbo em relação ao sujeito, o primeiro deve concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª) com o segundo.



Já a concordância nominal diz respeito ao substantivo e seus termos referentes: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Essa concordância é feita em gênero (masculino ou feminino) e pessoa.



Como vimos acima, na definição de Mattoso Câmara, existem regras gerais e alguns casos especiais que devem ser estudados particularmente, pois geram dúvidas quanto ao uso. Há muitos casos que a norma não é definida e há resoluções diferentes por parte dos autores, escritores ou estudantes da concordância.

Concordância Verbal – Regra geral

Regra Geral

O verbo de uma oração deve concordar em número e pessoa com o sujeito, para que a linguagem seja clara e a escrita esteja de acordo com as normas vigentes da gramática. Observe:

1. Eles está muito bem. (incorreta)
2. Eles estão muito bem. (correta)

O sujeito “eles” está na 3ª pessoa do plural e exige um verbo no plural. Essa constatação deixa a primeira oração incorreta e a segunda correta.

Primeiramente, devemos observar quem é o sujeito da frase, bem como analisar se ele é simples ou se é composto.

Sujeito simples é aquele que possui um só núcleo e, portanto, a concordância será mais direta. Vejamos:

1. Ela é minha melhor amiga.
2. Eu disse que eles foram à minha casa ontem.

Temos na primeira oração um sujeito simples “Ela”, o qual concorda em pessoa (3ª pessoa) e número (singular) com o verbo “é”.
Já na segunda temos um período formado por duas orações: “Eu disse” que “eles foram à minha casa ontem”. “Eu” está em concordância em pessoa e número com o verbo “disse” (1ª pessoa do singular), bem como “eles” e o verbo “foram” (3ª pessoa do plural).

Lembre-se que período é a frase que possui uma ou mais orações, podendo ser simples, quando possui um verbo, ou então composto quando possuir mais de um verbo.

Sujeito composto é aquele que possui mais de um núcleo e, portanto, o verbo estará no plural. Vejamos:

1. Joana e Mariana saíram logo pela manhã.
2. Cachorros e gatos são animais muito obedientes.

Na primeira oração o sujeito é composto de dois núcleos (Joana e Mariana), que substituído por um pronome ficará no plural: Joana e Mariana = Elas. O pronome “elas” pertence à terceira pessoa do plural, logo, exige um verbo que concorde em número e pessoa, como na oração em análise: saíram.
O mesmo acontece na segunda oração: o sujeito composto “cachorros e gatos” é substituído pelo pronome “eles”, o qual concorda com o verbo são em pessoa (3ª) e número (plural).

Concordância Verbal – Casos especiais de alguns verbos

Há alguns casos de verbos em que a concordância causa dúvidas. Vejamos aqui os casos especiais, separadamente:

O verbo ser

a) Quando o sujeito é um dos pronomes: o, isto, isso, aquilo, tudo, o verbo ser concorda com o predicativo:

Exemplo: Tudo era felicidade quando morava na casa do vovô.

b) Quando o predicativo for um pronome pessoal.

Exemplo: O presente que comprei hoje é para você.

c) Quando o sujeito for nome de pessoa ou pronome pessoal, o verbo ser concordará com o sujeito.

Exemplo: Paola é a aluna mais aplicada da sala.

d) Quando o sujeito for uma expressão numérica que dá idéia de conjunto, o verbo ficará no singular.

Exemplo: Quatro horas é pouco tempo para fazer as provas de vestibular.

e) Quando a oração se iniciar com os pronomes interrogativos (Que, Quem), o verbo concorda com o sujeito.

Exemplos: Quem é a pessoa que consegue fazer justiça com as próprias mãos?

f) Quando a oração indicar o dia do mês, o verbo concorda no singular ou no plural, dependerá da intenção.

Exemplos: Hoje é (dia) 11 de setembro. (dia específico)
Hoje são 11 de setembro. (dias decorridos até a data)

Os verbos bater, soar e dar

Quando fazem referência às horas do dia, os verbos acima concordam com o número de horas.

Exemplo: O relógio soou há muito tempo.
Acabou de dar uma hora, está na hora de irmos.

Os verbos impessoais haver e fazer

Os verbos impessoais são aqueles que não admitem sujeito e, portanto, são flexionados na 3ª pessoa do singular.

No sentido de existir ou na idéia de tempo decorrido, o verbo haver é impessoal. Logo, o verbo ficará no singular.

Exemplo: Há uma cadeira vaga no refeitório. (sentido de existir)
Há dez dias não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
Da mesma forma, o verbo fazer no sentido temporal, de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos é impessoal.

Exemplo: Faz dez dias que não faço exercícios físicos. (tempo decorrido)
Nesta época do ano, faz muito frio.

Quando da locução verbal, tanto o verbo haver quanto o verbo fazer exigem que o auxiliar fique na terceira pessoa do singular.

Exemplos: Deve haver uma forma de amenizarmos esse problema.
Vai fazer dez dias que não faço exercícios físicos.

O verbo existir

Geralmente, o verbo existir concorda com seu sujeito.

Exemplo: Existem muitas pessoas que não gostam de frutos do mar.

Quando o verbo existir fizer parte de uma locução verbal, o auxiliar concordará com o sujeito e não com o verbo principal.

Exemplo: Devem existir muitas pessoas que não gostam de frutos do mar.

O verbo parecer

Quando o verbo parecer vier seguido de infinitivo, poderá ser flexionado ou no singular ou no plural:

Exemplos: As pesquisas parecem traduzir o que a empresa necessita.
As pesquisas parece traduzirem o que a empresa necessita.

A expressão “haja vista”

O verbo haver na expressão “haja vista” pode ser empregado ou no singular ou no plural (desde que não seja precedido por preposição), contudo, a palavra “vista” permanece invariável.

Exemplos: Haja vista os dados das pesquisas
Haja vista aos avanços observados pelos pesquisadores.
Hajam vista os dados que observamos.

Concordância Nominal - Regra Geral

A Concordância Nominal é o acordo entre o nome (substantivo) e seus modificadores (artigo, pronome, numeral, adjetivo) quanto ao gênero (masculino ou feminino) e o número (plural ou singular).

Exemplo: Eu não sou mais um na multidão capitalista.

Observe que, de acordo com a análise da oração, o termo “na” é a junção da preposição “em” com o artigo “a” e, portanto, concorda com o substantivo feminino multidão, ao mesmo tempo em que o adjetivo “capitalista” também faz referência ao substantivo e concorda em gênero (feminino) e número (singular).

Vejamos mais exemplos:

Minha casa é extraordinária.

Temos o substantivo “casa”, o qual é núcleo do sujeito “Minha casa”. O pronome possessivo “minha” está no gênero feminino e concorda com o substantivo. O adjetivo “extraordinária”, o qual é predicativo do sujeito (trata-se de uma oração com complemento conectado ao sujeito por um verbo de ligação), também concorda com o substantivo “casa” em gênero (feminino) e número (singular).

Para finalizar, veremos mais um exemplo, com análise bem detalhada:

Dois cavalos fortes venceram a competição.

Primeiro, verificamos qual é o substantivo da oração acima: cavalos. Os termos modificadores do substantivo “cavalos” são: o numeral “Dois” e o adjetivo “fortes”. Esses termos que fazem relação com o substantivo na concordância nominal devem, de acordo com a norma culta, concordar em gênero e número com o mesmo.
Nesse caso, o substantivo “cavalos” está no masculino e no plural e a concordância dos modificadores está correta, já que “dois” e “fortes” estão no gênero masculino e no plural. Observe que o numeral “dois” está no plural porque indica uma quantidade maior do que “um”.

Então temos por regra geral da concordância nominal que os termos referentes ao substantivo são seus modificadores e devem concordar com o mesmo em gênero e número.

Importante: Localize na oração o substantivo primeiramente, como foi feito no último exemplo. Após a constatação do substantivo, observe o seu gênero e o número. Os termos referentes ao substantivo são seus modificadores e devem estar em concordância de gênero e número com o nome (substantivo).

Regência Verbal

A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as orações de um período.

A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.

Verbos Transitivos Diretos
Verbos Transitivos Indiretos
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Verbos Intransitivos

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS

São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento, denominado objeto direto.
Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de se analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além de obedecer, pagar e perdoar, que, mesmo não sendo VTD, admitem a passiva.

O objeto direto pode ser representado por um substantivo ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por um pronome oblíquo.
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.
Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto direto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Como são pronomes oblíquos tônicos, só são usados com preposição, por isso se classificam como objeto direto preposicionado.

EU PROCURO UM GRANDE AMOR
(VTD) (OD)

Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência.

Aspirar será VTD, quando significar sorver, absorver.
Como é bom aspirar a brisa da tarde.

Visar será VTD, quando significar mirar ou dar visto.
O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.

Agradar será VTD, quando significar acariciar ou contentar.
A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas.

Querer será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar..
Sempre quis seu bem.
Quero que me digam quem é o culpado.

Chamar será VTD, quando significar convocar.
Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.

Implicar será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência, acarretar.
Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade.
Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.

Desfrutar e Usufruir são VTD sempre.
Desfrutei os bens deixados por meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam.

Namorar é sempre VTD. Só se usa a preposição com, para iniciar Adjunto Adverbial de Companhia. Esse verbo possui os significados de inspirar amor a, galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência e cobiça, cobiçar.
Joanilda namorava o filho do delegado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
Eu estava namorando este cargo há anos.

Compartilhar é sempre VTD.
Berenice compartilhou o meu sofrimento.

Esquecer e Lembrar serão VTD, quando não forem pronominais, ou seja, caso não sejam usados com pronome, não serão usados também com preposição.
Esqueci que havíamos combinado sair.
Ela não lembrou o meu nome.

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é denominado OBJETO INDIRETO.
O objeto indireto pode ser representado por um substantivo, ou palavra substantivada, uma oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou por um pronome oblíquo.
Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.
Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas.

EU GOSTO DE BEIJAR
(VTI) (OI)

Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos indiretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência.

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS, COM A PREPOSIÇÃO. A:

Aspirar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar..
Aspiramos a uma vaga naquela universidade.

Visar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar.
Sempre visei a uma vida melhor.

Agradar será VTI, com a prep. a, quando significar ser agradável; satisfazer
. Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo.

Querer será VTI, com a prep. a, quando significar estimar.
Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos.

Assistir será VTI, com a prep. a, quando significar ver ou ter direito.
Gosto de assistir aos jogos do Santos.
Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.

Custar será VTI, com a prep. a, quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS

São os verbos que possuem os dois complementos - OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO.
CHAMEI A ATENÇÃO DO MENINO, POIS ESTAVA CONVERSANDO DURANTE A AULA.
VTDI Objeto Direto Objeto indireto

Obs.: A expressão Chamar a atenção de alguém não significa repreender, e sim fazer se notado. Por exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.

VERBOS INTRANSITIVOS

São os verbos que não necessitam de complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o fato.

AS MARGARIDAS MORRERAM.
(VI)

Regência Nominal

Regência Nominal é o nome da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição.

No estudo da regência nominal, deve-se levar em conta que muitos nomes seguem exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes.

Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.

- alheio a, de - liberal com
- ambicioso de - apto a, para
- análogo a - grato a
- bacharel em - indeciso em
- capacidade de, para - natural de
- contemporâneo a, de - nocivo a
- contíguo a - paralelo a
- curioso a, de - propício a
- falto de - sensível a
- incompatível com - próximo a, de
- inepto para - satisfeito com, de, em, por
- misericordioso com, para com - suspeito de
- preferível a - longe de
- propenso a, para - perto de
- hábil em - perto de

Exemplos:

Está alheio a tudo.
Está apto ao trabalho.
Gente ávida por dominar.
Contemporâneo da Revolução Francesa.
É coisa curiosa de ver.
Homem inepto para a matemática.
Era propenso ao magistério.

Semântica

Semântica

O estudo das significações das palavras é um assunto na língua portuguesa exclusivo da Semântica.
No que diz respeito ao aspecto semântico da língua, pode-se destacar três propriedades:

• Sinonímia

• Antonímia

• Polissemia

Sinonímia

Sinonímia é a divisão na Semântica que estuda as palavras sinônimas, ou aquelas que possuem significado ou sentido semelhante. Vejamos:

1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse.
2. A menina recusou energeticamente ao pedido para que comesse.
3. A mocinha rejeitou impetuosamente ao pedido para que comesse.

Vemos que os substantivos “garota”, “menina” e “mocinha” têm um mesmo significado, sentido, todos correspondem e nos remete à figura de uma jovem. Assim também são os verbos “renunciou”, “recusou” e “rejeitou”, que nos transmite idéia de repulsa, de “não querer algo” e também os advérbios que nos fala da maneira que a ação foi cometida “veementemente”, “energeticamente” e “impetuosamente”, ou seja, de modo intenso.

Podemos concluir, a partir dessa análise, que sinonímia é a relação das palavras que possuem sentido, significados comuns.

O objeto possuidor da maior quantidade de sinonímias ou sinônimos que existe é, com certeza, o dicionário.

Antonímia

Se por um lado sinonímia é o estudo das palavras dos significados semelhantes na língua, antonímia é o contrário dessa definição. Vejamos:

1. A garota renunciou veementemente ao pedido para que comesse.
2. A senhora aceitou passivamente ao pedido para que comesse.

Percebemos que “garota” tem significado oposto à “senhora” assim como os verbos “renunciou” e “aceitou” e os advérbios “veementemente” e “passivamente”. Assim, quando opto por uma palavra opto também pelo seu significado que de alguma forma remete a outro sentido, em oposição. Por exemplo, se alguém diz:

“Ela é bela”, quer dizer o mesmo que, “Ela não é feia”.

Ao estudo das palavras que indicam sentidos opostos, denominamos antonímia.

Polissemia ou Homonímia

Uma mesma palavra na língua pode assumir diferentes significados, o que dependerá do contexto em que está inserida. Observe:

1. A menina fez uma bola de sabão com o brinquedo.
2. A mãe comprou uma bola de basquete para o filho.
3. O rapaz disse que sua barriga tem formato de bola.
4. A professora falou para desenhar uma bola.

Constatamos que uma mesma palavra, “bola”, assumiu diferentes significados, a partir de um contexto (situação de linguagem) diferente nas frases, respectivamente: o formato que a bolha de sabão fez; o objeto usado em jogos; o aspecto arredondado da barriga e ainda o sentido de círculo, circunferência na última oração.

Polissemia (poli=muitos e semos= significados) é o estudo, a averiguação das significações que uma palavra assume em determinado contexto lingüístico.

Sintaxe

A Sintaxe é a parte da língua que estuda as relações dos componentes que integram uma oração. E também as combinações que as orações constituem entre si na formação dos períodos. Logo, a maneira pela qual se dá os ajustes das informações em orações ou períodos é a pretensão de estudo da sintaxe.

Observe a oração:

As crianças lindas brincaram muito na escola hoje.

Primeiramente, nós só entendemos a oração acima porque conseguimos obter uma informação a partir dela. Por sua vez, essa informação nos é transmitida através das combinações de elementos na oração.

Retomando a frase sugerida acima, e nos propondo a fazer uma análise sintática, observamos que, de modo generalizado, o sujeito “as crianças” faz uma ligação e é adjetivado por “lindas”, também é complementado pelo verbo “brincaram”, esse último faz combinação com os advérbios de intensidade “muito”, de lugar “na escola” e de tempo “hoje”.

Vemos que há elementos primordiais na oração, através das quais as informações são norteadas: crianças, brincaram, escola.
Enquanto há outros elementos que estão na frase como complemento e são dependentes: as, lindas, muito, na, hoje.
Concluímos que na análise sintática de uma oração há termos essenciais e termos integrantes ou acessórios.

Outros estudos da sintaxe dizem respeito à análise dos períodos simples e compostos, concordâncias nominal e verbal, regências nominal e verbal, além do estudo da pontuação e do fenômeno da crase. Esses últimos podem ser inseridos como objetos de discussão da sintaxe porque ao ser utilizados exigem conhecimento das estruturas sintáticas, das combinações dos elementos na frase.

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